
JAPÃO - Mais da metade dos 35 mil entrevistados disseram ter sido vítimas de violência sexual e tiveram transtorno de estresse pós-traumáticos como sequelas do ocorrido, segundo uma pesquisa do NHK.
Os especialistas que analisaram as respostas apontaram que "é necessário um ambiente no qual as pessoas possam receber apoio".
A estatal japonesa realizou uma pesquisa por questionário com pessoas que haviam sofrido violência sexual e seus familiares via internet de março a abril deste ano, sob a supervisão de especialistas, e recebeu mais de 38.000 respostas.
Destes, os especialistas analisaram as 35.000 respostas daqueles que disseram ter sido afetados e descobriram que 54,1%, ou 19.000 casos, eram fortemente suspeitos de ter TEPT de acordo com os índices internacionais.
Além disso, quando analisado pelo número de anos desde a vitimização, a proporção de casos com forte suspeita de TEPT foi de 71,8% para aqueles que disseram ter sido vítimas por menos de um ano, 66,2% para aqueles que disseram ter sofrido por menos de três anos, e 48,7% para aqueles que disseram ter sido atormentados por mais de 20 anos.
A professora associada Azusa Saito da Universidade de Mejiro, que analisou os resultados, disse: "Os efeitos da vitimização da violência sexual são diversos e nem todos podem ser expressos em números, mas os resultados mostram que ela tem um sério impacto psicológico. Há uma necessidade urgente de melhorar o ambiente no qual as vítimas podem receber apoio e de treinar especialistas".