
OSAKA - Uma cerimônia fúnebre foi realizada na terça-feira para lembrar das vítimas de um atentado que ocorreu em 2001, quando um intruso invadiu uma escola primária com uma faca e matou oito crianças.
Em virtude da pandemia, parentes, professores e alunos participaram de uma cerimônia com público reduzido na Escola Elementar de Ikeda, na Prefeitura de Osaka, para lembrar a tragédia e prometer manter a escola segura.
Das oito crianças mortas, sete são meninas da segunda série e um menino da primeira, enquanto outras 15 crianças juntamente com duas professoras foram feridas em 8 de junho de 2001. O autor do crime, Takuma Mamoru, foi preso, julgado, condenado a morte e executado em 2004.
Cerca de 130 participantes prestaram um minuto de silêncio durante a cerimônia de terça-feira e alguns alunos ofereceram flores em frente a um monumento gravado com os nomes das vítimas. Outros alunos assistiram a uma transmissão ao vivo do evento em suas salas de aula para evitar aglomerações.
"Este não é um marco, mas apenas um ponto de passagem em nossos esforços para garantir a segurança na escola", disse o diretor da escola Takumi Sanada, 53, a única pessoa que ainda estava trabalhando na escola que estava presente naquele dia.
Entre os parentes das vítimas, Norihiro Hongo disse em entrevista antes da cerimônia que sua filha Yuki, de 7 anos, uma das vítimas, foi esfaqueada e tentou fugir, mas depois de percorrer 39 metros, acabou não resistindo mais e veio a morrer.
"É impossível se mover nessas condições. Sinto que me enlouqueço quando penso em Yuki. Não pude fazer nada. Nem me perdoar não consigo." O tumulto levou muitas escolas no Japão a aumentar a segurança, fechando portões e instalando câmeras de vigilância.