
JAPÃO - A câmara alta adotou uma resolução expressando preocupação com as situações de direitos humanos em Xinjiang, Hong Kong e outras regiões da China.
Sem nomear a China, a câmara instou "o governo do país em questão" a cumprir sua responsabilidade para que a comunidade internacional possa determinar a verdade das alegações sobre abusos dos direitos humanos.
A resolução também não culpou diretamente Pequim, com os países marcando o 50º aniversário da normalização dos laços bilaterais este ano.
Citando a Região Autônoma Uigur de Xinjiang, o Tibete, a Mongólia Interior e Hong Kong, a resolução observou que a comunidade internacional expressou "séria preocupação" com as situações de direitos humanos nessas áreas, incluindo supostas violações da liberdade de religião.
Os Estados Unidos acusaram a China de cometer genocídio contra os uigures e outros grupos étnicos muçulmanos em Xinjiang.
A resolução pede ao governo japonês que trabalhe com outras nações no monitoramento da situação dos direitos humanos.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, reagiu duramente à resolução, dizendo em uma coletiva de imprensa na segunda-feira em Pequim que ela "ignora fatos básicos, está cheia de informações falsas e interfere nos assuntos internos da China", acrescentando que Pequim apresentou "representações solenes" com Tóquio.
Referindo-se à agressão militar passada do Japão, Mao disse que Tóquio tem um histórico ruim em direitos humanos e que não pode encobrir seus próprios delitos criticando outros países.
Ela também disse que a tentativa do Japão de prejudicar a imagem da China e atrasar seu desenvolvimento, politizando questões de direitos humanos, está "fadada ao fracasso".
A câmara baixa do Japão adotou uma resolução semelhante em fevereiro, poucos dias antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.
Referindo-se à resolução de segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, expressou sua disposição de buscar uma melhoria da situação dos direitos humanos nas regiões, em colaboração com a comunidade internacional.
"É essencial que todos os países garantam os direitos humanos e outros valores universais", disse Hayashi.