ALEMANHA - O chanceler alemão, Olaf Scholz, planeja visitar o Japão em março para conversas com o primeiro-ministro Fumio Kishida, enquanto os dois países buscam laços mais estreitos em meio a desafios globais, incluindo a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Durante a visita, Scholz e Kishida devem lançar conversas intergovernamentais, que também envolverão seus ministros, para discutir questões que vão desde uma crise energética e alimentar exacerbada pela guerra russa até o fortalecimento das cadeias de suprimentos para sustentar o crescimento econômico.
A Alemanha já tem estruturas bilaterais para discussões com a China, a Índia e outros países. Em abril do ano passado, Kishida concordou com Scholz em manter um diálogo semelhante entre o Japão e a Alemanha.
À medida que a Alemanha intensificou seu envolvimento na região do Indo-Pacífico nos últimos anos, o Japão procura reforçar os laços com ele para realizar um "Indo-Pacífico livre e aberto" uma visão vista como um contraponto à crescente influência militar e econômica da China na região da Ásia-Pacífico.
Scholz se tornará o último dos líderes do G7 a se reunir com Kishida depois que o Japão assumiu a presidência deste ano do grupo.
Kishida visitou na semana passada os outros cinco membros, Grã-Bretanha, Canadá, França, Itália e Estados Unidos, e concordou com cada um de seus líderes para trabalhar em direção a uma cúpula bem-sucedida do G7 a ser realizada de 19 a 21 de maio em Hiroshima.
Na cúpula, Kishida, um legislador que representa um círculo eleitoral na cidade do oeste do Japão devastada por um bombardeio atômico dos EUA em agosto de 1945, pretende apresentar sua visão de um mundo sem armas nucleares em meio a temores de que a Rússia possa usar um dispositivo atômico contra a Ucrânia na guerra em curso.