
JAPÃO - Akihiko Tanaka, que retornou ao cargo mais alto da JICA no início deste mês, prometeu na sexta-feira ajudar as pessoas que fogem da Ucrânia após a invasão russa do país do Leste Europeu.
"Além de oferecer ajuda financeira de emergência ao governo ucraniano, gostaríamos de examinar o que podemos fazer e fornecer o apoio necessário aos evacuados", disse Tanaka, 67, que voltou ao comando da Agência de Cooperação Internacional do Japão em abril, após um hiato de mais de seis anos.
A JICA enviou pessoal para a Moldávia, vizinha da Ucrânia, para entender o que é necessário para ajudar os evacuados do país devastado pela guerra por meio de visitas a abrigos e troca de opiniões com instituições médicas locais.
O Japão decidiu fornecer ajuda humanitária de emergência no valor de US$ 200 milhões, incluindo apoio financeiro para países que aceitam um grande número de refugiados da Ucrânia em meio ao êxodo em massa.
Tanaka, especialista em política internacional e ex-chefe do Instituto Nacional de Pós-Graduação de Estudos Políticos do Japão, também disse que a pandemia levou ao primeiro aumento no número de pessoas em extrema pobreza em todo o mundo em mais de duas décadas em 2020.
Tanaka pediu ao Japão que implemente ajuda ao lidar com a pandemia e os efeitos da guerra na Ucrânia, que, segundo ele, estão "dando um duro golpe" nas pessoas mais "vulneráveis" das economias em desenvolvimento.
Referindo-se à manutenção de um escritório da JICA na China, mesmo depois que a ajuda oficial ao desenvolvimento de Tóquio ao país terminou em março, ele disse que é importante que a terceira e a segunda maiores economias do mundo cooperem no campo da assistência ao desenvolvimento.
Tanaka substituiu Shinichi Kitaoka, ex-presidente da Universidade Internacional do Japão, como chefe da JICA. Até Kitaoka assumir o cargo principal em outubro de 2015, Tanaka atuou como chefe da agência por três anos e meio a partir de 2012.