JAPÃO - O chefe de uma empresa japonesa sem fins lucrativos foi preso acusado de mediar um transplante de órgãos realizado no exterior sem permissão do governo, no primeiro caso desse tipo no Japão.
A polícia entrou com um processo contra a Associação de Pacientes de Doenças Intratáveis com promotores após a prisão de Hiromichi Kikuchi por supostamente violar a lei de transplante de órgãos.
O homem é suspeito de recomendar aos parentes de um homem de 40 anos que vive em Tóquio que o homem seja submetido a um transplante no exterior sem a permissão do governo.
Depois de pedir aos parentes que pagassem 33 milhões de ienes na conta bancária da NPO para custos de viagem e transplante, ele então providenciou que o homem se submetesse a um transplante de fígado de um doador falecido em um hospital na Bielorrússia por volta há aproximadamente 1 ano atrás.
Mas a condição do paciente piorou após a cirurgia. Ele recebeu outro transplante de fígado de um membro vivo da família no Japão, mas não conseguiu se recuperar e acabou morrendo.
Kikuchi negou parte das alegações, dizendo que não estava ciente de que a permissão era necessária para transplantes realizados no exterior, de acordo com a polícia.
A NPO, fundada em 2007, diz em seu site que orientou pessoas que desejam receber transplantes para instituições médicas no exterior, mas que não medeia transplantes de órgãos.
O Japão tem uma das menores taxas de doação de órgãos entre os países industrializados, de acordo com a Nippon Foundation, que apoia a Rede de Transplante de Órgãos do Japão.
No ano fiscal de 2016, havia 103 órgãos registrados para transferência. Em junho de 2017, enquanto isso, cerca de 13.450 pacientes registrados estavam esperando por um transplante de coração, fígado, rim ou outro órgão, disse a fundação.
De acordo com a lei de transplante, a mediação não autorizada é proibida, e os infratores são punidos com prisão de até um ano, multa de até um milhão de ienes, ou ambos.