
JAPÃO - Em resposta à proposta do governo de emendar a lei sobre a organização do Conselho Científico do Japão, que inclui a introdução de um mecanismo de envolvimento de terceiros na seleção de seus membros, oito ganhadores do Prêmio Nobel e outros expressaram grande preocupação de que a emenda da lei pudesse prejudicar a independência do Conselho Científico do Japão.
Em relação ao conselho, o governo pretende submeter um projeto de emenda à Lei do Conselho Científico do Japão à atual sessão ordinária da Dieta, que inclui a introdução de um mecanismo para que um terceiro se envolva na seleção dos membros, a fim de aumentar a transparência da organização.
Oito pessoas, incluindo o Prêmio Nobel de Física Hiroshi Amano, emitiram uma declaração em 19 de junho pedindo uma cuidadosa consideração da emenda à lei, que foi apresentada em uma reunião do comitê executivo.
A declaração se referia ao fato de que o então premiê Yoshihide Suga não nomeou os seis possíveis membros, e apontou que "é muito preocupante que a relação de confiança entre o governo e a comunidade acadêmica permaneça gravemente prejudicada".
A declaração então conclamou o governo a reconsiderar as emendas legais que está buscando, pois elas "poderiam prejudicar a independência do Conselho Científico e levar a questões fundamentais e importantes, como a independência da academia", e a realizar mais discussões.
O Comitê Executivo também expressou forte preocupação de que, se a lei for emendada, poderá ser o "começo do fim" para o meio acadêmico japonês.
Em uma entrevista coletiva posterior, o Presidente Takaaki Kajita disse: "Esta é uma questão importante que poderia se tornar um ponto de inflexão na história da academia japonesa, e gostaríamos de reiterar nosso pedido ao governo para que leve em conta nossas preocupações e repense nessas medidas."