
JAPÃO - O Japão estima que o custo total de dois novos destróieres equipados com o sistema interceptor de mísseis Aegis chegará a pelo menos 900 bilhões de ienes (US$ 8,27 bilhões), mais que o dobro do plano do sistema de defesa terrestre abandonado, disseram fontes do governo na sexta-feira.
O total estimado para as duas embarcações e seus sistemas de interceptação de mísseis inclui custos de reparo, combustível e outras taxas de manutenção por três décadas, de acordo com as fontes.
O Ministério da Defesa até agora só divulgou sua estimativa para o custo básico dos dois navios, dizendo que pode ultrapassar 500 bilhões de ienes.
O secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, disse em entrevista coletiva na sexta-feira que o custo total estimado "será elaborado a partir de agora".
"Como é necessário obter o entendimento público, o Ministério da Defesa deve considerar como explicar" os custos, disse o porta-voz do governo.
O governo do então primeiro-ministro Shinzo Abe planejava inicialmente implantar o sistema de defesa antimísseis balísticos Aegis Ashore, desenvolvido nos EUA, para enfrentar a ameaça de mísseis norte-coreanos.
Mas o plano foi descartado em junho do ano passado devido a problemas técnicos, custos crescentes e oposição pública. Os custos totais, incluindo taxas de manutenção por 30 anos após a introdução do sistema baseado em terra, foram projetados para ultrapassar 400 bilhões de ienes.
Como parte dos esforços do Japão para aumentar suas capacidades de defesa em face da ameaça de mísseis da Coréia do Norte e da crescente assertividade da China na região, o gabinete do primeiro-ministro Yoshihide Suga aprovou em dezembro a construção dos novos navios Aegis como um plano alternativo.
O Ministério da Defesa planeja instalar nas novas embarcações equipamentos já contratados para o plano terrestre do Aegis, incluindo radares e lançadores de mísseis.