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JAPÃO - Pesquisadores descobriram evidências de seis erupções importantes previamente desconhecidas do majestoso Monte Fuji, ocorridas entre 4000 e 5000 anos atrás.
A descoberta pode levar a uma revisão dos estudos convencionais sobre intervalos e escalas de eventos vulcânicos, disseram cientistas do Instituto de Pesquisa do Monte Fuji da Província de Yamanashi e do Instituto de Pesquisa Atmosférica e Oceânica da Universidade de Tóquio.
"Nossa conquista pode mudar a interpretação existente sobre a atividade vulcânica do Monte Fuji", disse Shinya Yamamoto, um pesquisador-chefe de geoquímica no Instituto de Pesquisa do Monte Fuji.
"Vamos esclarecer que tipo de erupções ocorreram em cada ocasião ao longo da história, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de melhores contramedidas contra desastres vulcânicos."
Os resultados da pesquisa da equipe foram publicados no periódico acadêmico internacional Quaternary Science Advances (https://doi.org/10.1016/j.qsa.2023.100091) em 30 de junho.
Formações geológicas eram tradicionalmente examinadas em busca de vestígios de cinzas vulcânicas e outras substâncias expelidas por erupções passadas do pico mais alto do Japão, possibilitando as últimas descobertas por meio de sua análise.
No entanto, esses marcadores podem desaparecer ao longo do tempo devido à erosão e a outros elementos.
Tendo isso em mente, os pesquisadores estudaram o Lago Yamanakako, localizado a 13 quilômetros a nordeste do cume do Monte Fuji. Detritos de erupções passadas chegaram ao lago.
Os cientistas aplicaram primeiramente a datação por carbono a amostras sedimentares coletadas do fundo do lago por meio de um estudo de perfuração anterior em 1998. Um novo estudo de escavação foi realizado ao redor do lago também.
Os resultados revelaram seis camadas geológicas datadas de 5050 a 3900 anos atrás, mostrando sinais de eventos vulcânicos. Todos os marcadores confirmados eram previamente desconhecidos no lado nordeste do Monte Fuji, de acordo com a equipe.