
BRASIL - Em 18 de junho de 1908, os primeiros imigrantes japoneses chegaram em solo brasileiro. O grupo trabalhou nas lavouras do país por não ter abertura para outras atividades e passou por dificuldades. Com o tempo, a confiança dos brasileiros foi conquistada e os japoneses conquistaram maior autonomia e espaço para crescerem.
E nesta sexta, é comemorado 113 anos da Imigração Japonesa no Brasil, que deu início em 1908 quando o barco Kasato Maru atracou no Porto de Santos com 781 japoneses imigrantes vinculado num acordo migratório entre o Brasil e o Japão no início do século 20.

Hoje, o Brasil tem a maior nipo-comunidade do mundo, com mais de quase 2 milhões de descendentes de japoneses espalhados pelos 4 cantos do país.
Em Brasília, o Dia da Imigração Japonesa no Brasil terá uma programação especial na capital do país. O Senado Federal, o Museu Nacional, a Biblioteca Nacional e a Catedral Metropolitana de Brasília serão iluminados com fachos de luz vermelhos, na noite desta sexta-feira (18/6), em referência ao Hinomaru.

A Bunkyo fez uma live do Ofício Budista em Memória dos Pioneiros da Imigração Japonesa e também das vítimas da covid-19. O evento ocorreu no fim desta manhã e foi transmitida em bilíngue.
A prefeitura de São Paulo promoveu o evento “Celebrando o Japão… 2021”. A proposta da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, ligada à Secretaria do Verde e Meio Ambiente, é que as atividades virtuais apresentem exemplos de hábitos e ideias que buscam o equilíbrio sustentável.
A programação começou às 9h30, com a abertura oficial e, às 10h, o primeiro convidado foi o arquiteto Jo Takahashi que falará sobre o tema Conexões. Às 11h, ocorreu uma sessão de contação de estórias com Lalau Simões e Laura Beatriz, e um dos contos apresentados será Os Japonesinhos.
Assim, as lives seguiram por todo o dia, com apresentações sobre técnicas construtivas trazidas do Japão, jardim japonês e também gravuras.

Em Santos, a imigração japonesa ganhou um novo monumento no Parque Municipal Mário Roberto Santini: a Praça das Gerações, onde a já conhecida estátua de uma família nipônica (Monumento os Imigrantes Japoneses) será envolvida por novo paisagismo e outras referências históricas.
O projeto, divulgado nesta sexta-feira (18), apresenta um jardim central circular rodeado por piso em pedras de mosaico branco, representando os primeiros imigrantes, de onde partem faixas de vegetação com cores e espécies diferentes de plantas, simbolizando as gerações seguintes.
“A proposta para a Praça das Gerações também tomou como base a bandeira japonesa, com fundo branco e somente o círculo vermelho ao centro”, conta a arquiteta Veridiana Nobre, autora do projeto, desenvolvido em conjunto com Rodrigo Franco, pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedurb).
Segundo ela, além do Monumento aos Imigrantes, o jardim circular vai abrigar o Monumento 18 de Junho – pedra com o nome dos passageiros do navio Kasato Maru – e uma nova obra artística, com a inscrição “XIV”, que fará alusão ao Armazém XIV, onde há 113 anos a embarcação atracou.
A Praça das Gerações está inserida na reforma do Parque Municipal Roberto Mário Santini, prevista para ser iniciada este ano, com recursos do Município e, possivelmente, do governo federal.

A Universidade de Marília também prestará homenagens aos 113 anos do Dia da Imigração com uma live no Youtube por volta das 19h com o lançamento do Prêmio Unimar de Cultura Internacional e do Concurso Cultural Desenhe Marília, que é cidade-irmã de Higashihiroshima, em Hiroshima.