
JAPÃO - O Instituto de Tecnologia de Tóquio e a Universidade Médica e Odontológica de Tóquio disseram sexta-feira que se fundirão a uma nova universidade nacional até o final do ano fiscal de 2024, com o objetivo de aumentar sua competitividade global em pesquisa.
As duas universidades, ambas consideradas de alto nível no Japão dentro de suas respectivas áreas, pretendem solicitar uma subvenção governamental para a integração. A subvenção faz parte do novo programa de financiamento de 10 trilhões de ienes do país para ajudar as universidades a gerar conquistas de pesquisa competitivas internacionalmente.
O acordo abriu caminho para a primeira consolidação entre as universidades nacionais japonesas designadas como sendo globalmente competitivas.
"Nossa fusão vai fundir vários campos acadêmicos para desenvolver educação e pesquisa de classe mundial", disse Kazuya Masu, presidente do Instituto de Tecnologia de Tóquio, em uma coletiva de imprensa.
As duas universidades criarão um painel para se preparar para a integração, e estão considerando convidar alunos e ex-alunos a pensar em um nome para a nova universidade.
A criação de uma nova universidade a partir de duas instituições de ensino superior bem estabelecidas é incomum no Japão, já que a maioria dos casos nos últimos anos viu uma corporação-mãe sendo criada sob a qual as duas escolas são gerenciadas.
Para o ano fiscal de 2021, o governo concedeu ao Instituto de Tecnologia de Tóquio 21,8 bilhões de ienes como subsídio operacional e à Universidade Médica e Odontológica de Tóquio 13,8 bilhões de ienes.
Com a fusão, a nova instituição será igual em escala de subsídios à da Universidade de Hokkaido e da Universidade de Tsukuba, que estão entre os 10 maiores beneficiários desse financiamento, com 36,6 bilhões de ienes e 36,1 bilhões de ienes alocados no ano fiscal de 2021, respectivamente.
O subsídio operacional representa cerca de metade da receita de uma universidade nacional, de acordo com dados do governo.