No Japão, o cliente sempre foi tratado como realeza, mas essa tradição está encontrando seus limites. Autoridades e empresas do setor de serviços reconhecem a necessidade de proteger os funcionários de comportamentos abusivos de clientes. O "kasu-hara", ou assédio de clientes, tornou-se uma expressão comum no Japão, com algumas vítimas deixando seus empregos ou desenvolvendo doenças mentais devido a abusos verbais e humilhações extremas.
O Ministério do Trabalho está considerando legislação para exigir que as empresas adotem medidas de proteção, como a elaboração de manuais sobre como responder ao abuso. O governo metropolitano de Tóquio planeja estabelecer uma ordenança definindo o que constitui assédio de clientes, embora não deva impor penalidades aos clientes considerados abusivos.
Algumas empresas já tomaram medidas. A JR West uniu-se a outras empresas, como a JR East e a ANA, ao divulgar suas políticas contra o assédio de clientes. A JRW anunciou que poderá interromper serviços ou vendas para clientes que abusem verbal ou fisicamente dos trabalhadores e oferecerá assistência jurídica aos funcionários que desejarem tomar medidas legais contra os assediadores.
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