
ILHAS SALOMÃO - Os EUA abriram uma embaixada nas Ilhas Salomão, em uma tentativa de aumentar sua presença diplomática, à medida que a influência militar e econômica da China se amplia na região do Indo-Pacífico.
O desenvolvimento ocorreu quando os americanos e seus aliados, incluindo Japão e Austrália, estão vigilantes dos laços em expansão da China com as nações insulares do Pacífico e intensificando os esforços para revitalizar a cooperação com elas.
"A abertura da embaixada baseia-se em nossos esforços não apenas para colocar mais pessoal diplomático em toda a região, mas também para se envolver ainda mais com nossos vizinhos do Pacífico, conectar programas e recursos dos Estados Unidos com necessidades no terreno e construir laços entre pessoas", disse o secretário de Estado, Antony Blinken, em um comunicado.
Os Estados Unidos já tinham uma embaixada na capital das Ilhas Salomão, Honiara, mas foi fechada em 1993, em parte por causa de cortes orçamentários.
As Ilhas Salomão têm sinalizado uma inclinação em direção à China e mudaram o reconhecimento diplomático de Taiwan para Pequim em 2019.
A nação pequena, mas estrategicamente importante, também assinou um amplo acordo de segurança com a China no ano passado.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse na quinta-feira que Pequim "não tem objeção" ao desenvolvimento de relações entre outras nações e os países insulares do Pacífico.
A China está pronta para trabalhar com todas as partes interessadas para contribuir para a prosperidade da região e "não tem intenção de competir com ninguém por influência" na área insular do Pacífico, ou "se envolver em uma disputa geopolítica", disse Mao.
A crescente influência da China levou o presidente dos EUA, Joe Biden, a sediar uma primeira cúpula com os líderes das nações insulares do Pacífico em Washington em setembro e a comprometer US$ 810 milhões em apoio a eles.
O governo Biden também decidiu estabelecer embaixadas em Tonga e Kiribati, uma nação insular da Micronésia que também mudou seu reconhecimento diplomático de Taiwan para Pequim, que reivindica a ilha democrática como seu território.