As famílias de 14 vítimas do acidente fatal de barco turístico ao largo de Hokkaido em 2022, que deixou 20 mortos e seis desaparecidos, planejam entrar com um processo por danos contra a operadora do barco em julho, informaram seus advogados.
O processo, movido por 29 demandantes contra a operadora Shiretoko Yuransen e seu presidente, Seiichi Katsurada, 60 anos, deve ser apresentado ao Tribunal Distrital de Sapporo em 3 de julho, com expectativa de buscar mais de 1 bilhão de ienes (US$ 6,4 milhões) em danos.
O Kazu I, de 19 toneladas, afundou em 23 de abril de 2022, com 26 pessoas a bordo, após partir para um cruzeiro de três horas ao redor da Península de Shiretoko, um Patrimônio Natural da Humanidade no norte da ilha principal do Japão, apesar das previsões de mau tempo.
"As famílias estão preocupadas que a memória do acidente possa se apagar, já que o presidente Katsurada não ofereceu nenhuma desculpa e nenhum caso foi construído contra ele," disse Hiroshi Yamada, representante dos advogados.
"O objetivo (desta ação judicial) é informar a sociedade sobre a situação desastrosa e chamar a atenção para a necessidade de estabelecer medidas que evitem que um acidente como esse aconteça novamente," acrescentou Yamada.
Os advogados também consideraram a possibilidade de processar o Estado e a Organização de Inspeção de Embarcações do Japão, que realiza inspeções para pequenas embarcações em nome do governo, por inspeções inadequadas da operadora, mas ainda não tomaram nenhuma decisão sobre o assunto.
A Guarda Costeira do Japão está investigando Katsurada por suspeita de negligência profissional resultando em morte.
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