O governo japonês iniciou na sexta-feira o estudo de medidas para mitigar os danos causados pela queda de cinzas em Tóquio e áreas circunvizinhas em caso de uma erupção de grande escala do Monte Fuji, com o objetivo de compilar diretrizes ainda este ano.
A queda de cinzas pode paralisar a infraestrutura urbana, interrompendo redes ferroviárias e causando extensos apagões. O governo quer que autoridades locais e empresas utilizem essas medidas como referência para adoção de medidas preventivas.
Uma equipe de cinco especialistas liderada pelo professor Toshitsugu Fujii, da Universidade de Tóquio, participa do painel governamental. Estimativas de 2020 indicam que, no pior cenário, a acumulação de cinzas pode atingir 10 cm no distrito de Shinjuku em Tóquio, 15 dias após o início da erupção.
Mesmo pequenas quantidades de cinzas poderiam paralisar ferrovias e tornar algumas estradas intransitáveis. A quantidade estimada de cinzas a ser removida e descartada seria cerca de 10 vezes o volume de resíduos gerados pelo terremoto e tsunami de 2011.
A última erupção do Monte Fuji ocorreu em 1707, deixando uma camada de cinzas de aproximadamente 4 cm na área da atual Tóquio central.