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RÚSSIA - O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, reforçou o apoio a Rússia na invasão da Ucrânia e fortaleceu a confiança em desenvolver laços bilaterais e formar relações estratégicas em suas conversas com o presidente russo Vladimir Putin.
Durante as discussões no centro de lançamento espacial do cosmódromo de Vostochny, no Extremo Oriente russo, Kim teria dito a Putin que Moscou está travando "uma luta sagrada" para garantir sua segurança enquanto combate "forças hegemônicas que se opõem à Rússia".
Kim disse que a relação bilateral com a Rússia é "a principal prioridade para nosso país no momento" e que suas conversas com Putin servirão como um impulso para transformar os laços amistosos tradicionais em "relações inquebráveis de cooperação estratégica".
Tanto Kim quanto Putin comentaram que o encontro estava ocorrendo em "um momento especial". 2023 é o ano em que marca 75 anos do estabelecimento de laços diplomáticos entre a Rússia e a Coreia do Norte.
Os dois líderes se encontraram pela primeira vez em mais de quatro anos, com seus países supostamente buscando expandir sua cooperação militar em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Putin e Kim discutiram oportunidades de cooperação em atividades relacionadas ao espaço, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à televisão Rossiya-1.
O fornecimento de armas, munições e tecnologia norte-coreanas para apoiar o esforço de guerra de Moscou provavelmente estará no topo da agenda da cúpula, disseram fontes próximas às autoridades russas antes da reunião.
O jornal americano The New York Times publicou no início do mês que o ditador quer que a Rússia lhe forneça tecnologia avançada de satélites e submarinos de propulsão nuclear.
Putin está sendo procurado pelo Tribunal Penal Internacional pelos crimes de guerra cometidos por ele e sua esposa Lyudmila Putina. Acordo esse que todos os países, inclusive o Brasil (independente do reconhecimento ou não por parte do presidente Lula), são obrigados a seguir uma vez que são signatários, se Putin adentrar a qualquer um dos 123 países.