Um integrante do grupo Arashi foi mais um a quebrar o silêncio sobre os escândalos de abuso sexual envolvendo a Johnny & Associates.
Em um programa de televisão, Sho Sakurai disse: "Quero que a agência investigue detalhe por detalhe sobre o que aconeceu sem que as pessoas envolvidas falem contra sua vontade, protegendo sua privacidade."
Aos 41 anos, se tornou âncora do programa em 2006, e se juntou a outras pessoas relacionadas à agência para pedir a uma das mais influentes do Japão que "garanta que esse tipo de escândalo nunca mais aconteça".
Três pessoas que trabalharam na empresa alegaram sofrer abusos sexuais por parte do fundador e já falecido Johnny Kitagawa, após uma petição de 40 mil assinaturas enviada para a Dieta pedindo uma revisão da lei de prevenção de abuso infantil, com objetivo de proteger outras pessoas no ramo.
Sakurai também pediu ao público que esteja ciente de que falar ou lidar com o assunto com base em informações infundadas pode prejudicar alguns, incluindo aqueles que agora estão "vivendo novas vidas" fora da indústria do entretenimento.
"Devemos evitar que essas pessoas sejam arrastadas para as denúncias. Isso deve ter prioridade máxima", disse.
O Grupo Arashi, de cinco integrantes, está em hiato desde o final de 2020. Sakurai era um membro original do grupo, que estreou em 1999.
As alegações de que Kitagawa abusou sexualmente de adolescentes chamaram a atenção desde que a BBC exibiu um documentário em março que incluía entrevistas com vítimas. Kitagawa morreu em 2019, aos 87 anos.
A presidente da agência, Julie Keiko Fujishima, fez um pedido público de desculpas no mês passado em conexão com o escândalo, sem confirmar as alegações de ex-membros.
O cantor veterano Masahiko Kondo, que deixou a agência em 2021, teria pedido aos funcionários da agência que respondessem à questão adequadamente.